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Confira algumas sugestões de como colocar em prática o monitoramento na rotina da sua unidade de saúde para ampliar o cuidado das(os) usuárias(os) na Atenção Primária à Saúde (APS).
O monitoramento é uma das esferas de cuidado da Atenção Primária à Saúde (APS), além das mais conhecidas: prevenção, cadastramento e diagnóstico.
Seja no âmbito da gestão ou na assistência à saúde, o monitoramento é uma ferramenta essencial para o cuidado integral das(os) usuárias(os) na APS.
Por isso, é preciso que essa ação esteja presente na rotina diária de atividades dos profissionais do SUS.
Confira a seguir algumas sugestões da ImpulsoGov para colocar isso em prática.
O monitoramento nada mais é do que uma ferramenta de gestão que vai apoiar a tomada de decisão dos profissionais de saúde.
É realizado através de um processo contínuo de análise para que o profissional possa tomar uma decisão a partir do que foi monitorado. É um acompanhamento periódico de alguma situação de saúde para que seja possível ter um olhar mais próximo da situação do território.
Conferir processos é um exemplo de ação de monitoramento. Quando um dado é acompanhado, há a conferência sobre se determinada ação ou processo estabelecido deu certo, se obteve o resultado esperado ou não.
Sempre que realizamos monitoramento, estamos monitorando um indicador de saúde. Veja alguns exemplos do que os profissionais podem monitorar na APS:
Por exemplo: Medicamentos, materiais para curativo, materiais para procedimento.
Por exemplo: Itens utilizados no dia a dia da APS, materiais de escritório, materiais de limpeza e higiene.
Por exemplo: Ação coletiva de vacinação, rastreamento para exame citopatológico, mutirão de aferição de pressão arterial e glicemia.
Por exemplo: Comparação entre resultado esperado x atingido: coletas de exame citopatológico ou consultas de pré-natal.
Por exemplo: Redução de mortalidade materno-infantil em função do aumento da taxa de realização de pré-natal, redução de internação por complicações de hipertensão e diabetes.
O monitoramento é fundamental para acompanhar o andamento de uma ação e/ou política, adequar processos de trabalho, conhecer grupos populacionais, direcionar atendimentos e priorizar ações coletivas.
Por isso, é importante que para colocá-lo em prática na rotina dos profissionais algumas ferramentas sejam utilizadas e periodicidades sejam estabelecidas.
Listas nominais: Para monitorar, é preciso conhecer a população em questão. As listas nominais trazem informações consolidadas de um grupo populacional, e podem ser utilizadas por toda a equipe para facilitar o monitoramento da população alvo.
Atas e outros documentos de registros de informações: Muitas dessas informações estão relacionadas ao acompanhamento da população e são produzidas em diversos espaços, como reuniões de equipe, atividades coletivas e visitas domiciliares.
Relatórios disponíveis em sistemas de informação: são fontes de informações valiosas sobre características de um território, perfil epidemiológico e dados sobre o cuidado da população e também podem ser utilizados para o monitoramento na APS.
Apesar da necessidade de criar um hábito de monitoramento, não há uma periodicidade “ideal” ou “obrigatória”. Cada profissional tem autonomia para organizar seu trabalho da maneira que preferir.
O importante é garantir um momento destinado para o monitoramento na agenda de trabalho. Essa periodicidade pode depender de alguns fatores:
Dica da ImpulsoGov: cada ferramenta utilizada para o monitoramento tem uma determinada periodicidade de atualização. Entenda quando cada um é atualizado e crie uma rotina de monitoramento a partir disso.
Alguns exemplos:
A seguir, trouxemos algumas dúvidas dos profissionais que coletamos durante nossa capacitação sobre Monitoramento na APS.
R: Os relatórios referentes que contém dados públicos podem ser vistos por todos os profissionais de saúde, e encontram-se disponíveis na aba de relatórios públicos do SISAB.
Já os relatórios que contém dados de identificação das(os) usuárias(os), só podem ser visualizados por meio de acesso à área restrita, com login e senha.
Os relatórios de acompanhamento são: relatório de validação, relatório de cadastros vinculados às equipes, relatório de pré-natal, relatório de saúde e produção (atendimentos, procedimentos, visitas).
R: Sim! No módulo de acompanhamento do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) é possível visualizar os relatórios de condições de saúde e de cidadão vinculados, que apresentam pessoas que foram atendidas e vinculadas à equipe.
Vale lembrar da importância do registro no prontuário, pois os relatórios do PEC são resultados das informações que os próprios profissionais de saúde inserem no sistema ao longo do tempo.
Já o Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), é a base de dados nacional. É por meio dos dados do SISAB que o Ministério da Saúde tem todas as informações da situação sanitária e de saúde da população de cada município.
Além disso, no SISAB é possível visualizar relatórios de indicadores de saúde por estado, município, região de saúde e equipe. Todas as produções que chegam nesse sistema passam por verificações e processos e validação dos dados.
R: O monitoramento é parte fundamental do trabalho do profissional da APS, pois é através dele que as equipes conseguem acompanhar os seus usuários e garantir o cuidado. É importante que todos os profissionais introduzam o monitoramento como parte da rotina de trabalho. Uma das alternativas para não sobrecarregar nenhum profissional é eleger um momento semanal ou quinzenal para fazer o balanço do andamento das ações.
A reunião de equipe também é um bom momento para discutir e planejar as estratégias para um melhor desempenho das equipes.
R: Todos os profissionais que atuam na APS podem realizar o monitoramento, inclusive podem dividir as demandas de monitoramento entre os membros da equipe. A equipe pode conversar e encontrar uma melhor forma para colocar em prática cada atividade estabelecida.
Uma sugestão é tornar cada membro da equipe como uma referência para determinados grupos a serem acompanhados.
R: O monitoramento desses grupos pode ser realizado de maneira contínua na rotina da unidade, envolvendo todos os membros da equipe. Uma sugestão é organizar momentos estratégicos para esse acompanhamento, como horário protegido da agenda ou discussão durante a reunião de equipe.
Existem algumas ferramentas que podem auxiliar esse processo, como os relatórios de “Condições de Saúde” disponíveis no módulo de “Acompanhamentos” do PEC, que ajudam na identificação e busca ativa de determinados grupos.
R: É preciso fazer o cruzamento das informações para verificar quais estão corretas e procurar corrigir a informação ou comunicar a quem possa corrigir.
Isso, caso os sistemas estejam ao nosso alcance de edição. Por exemplo, em relação a dados equivocados no Cartão Nacional de Saúde (CNS) do cidadão, assim que identificadas as duplicidades, óbitos, ou outros erros.
R: O Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem um papel essencial no monitoramento, já que é responsável pela busca ativa da(o) usuária(o), assim como é um aliado da equipe para verificar se a necessidade do cidadão foi atendida.
Ele é fundamental no processo de trabalho das equipes na APS, pois é o elo de ligação entre a equipe, o território e as pessoas. Sua influência sobre os membros de sua comunidade pode auxiliar a equipe na integração dos indivíduos aos serviços de saúde e na conscientização para o cuidado.
O monitoramento de usuárias(os) na Atenção Primária fornece informações fundamentais para os profissionais de saúde sobre a população do território. Esse acompanhamento auxilia no momento de priorização e qualificação do cuidado, além de ampliar a visibilidade sobre os grupos populacionais do território.
Na nossa plataforma disponível no impulsoprevine.org, os municípios parceiros do Impulso Previne têm acesso a dados dos principais indicadores de prevenção em saúde da APS com uma plataforma para monitoramento nominal.
Além disso, oferecemos mentorias através de encontros virtuais com o nosso time de especialistas em saúde, tudo de forma gratuita.
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